Por Carolina Sapucaia


O cidadão brasileiro, quando tem a informação necessária para escolher, tem optado pela preservação do meio ambiente por meio de seu consumo ou mostrado disposição para isto.

Esse fato fica claro por pesquisas como a do Datafolha, divulgada em abril deste ano, que revelou que 94% dos brasileiros preferem a floresta amazônica em pé em vez de cedê-la para a expansão da fronteira agrícola. Contudo, a falta de informações muitas vezes não nos permite traduzir esta preferência em atitudes.

O “consumo consciente” é aquele feito com a informação necessária sobre os produtos consumidos. O primeiro passo, portanto, é fazer com que todos saibam a origem, a natureza, o custo ambiental e social da produção. No caso do consumo de comida, por exemplo, o assunto é duplamente importante, pois as origens dos alimentos podem denunciar impactos não só ao meio ambiente, mas também à nossa saúde.

No caso dos alimentos transgênicos, eles representam um enorme risco à biodiversidade além de aumentarem imensamente o uso de veneno no grão e no campo. Eles são consumidos por nós in natura, como o milho verde que comemos na praia. Mas também fazem parte de uma infinidade de produtos industrializados vendidos nos supermercados.

Recentemente a Bayer tentou aprovar o arroz transgênico, feito para receber uma boa dose de veneno. Este veneno seria um desastre para o meio ambiente e para nossa saúde.

Em relação à carne, um simples bife pode ter origem em um boi de desmatamento (a criação de gado é hoje responsável por 80% de todo desmatamento da Amazônia), e o peixe em nosso prato pode incentivar a extinção do estoque pesqueiro do País (80% de nosso estoque já estão comprometidos).

Quando nos sentamos para almoçar todos os dias, temos duas opções: garantir ou não garantir um planeta saudável (e produtivo) para as futuras gerações. Por isso, é importante que você saiba como pode salvar o planeta com a boca!